Em homenagem à comunidade de softwares livres
O tempo que cura todas as feridas, não apaga as marcas
Cicatrizes são páginas de um diário de lutas amargas
Vozes que subiram de tom pra não ser amassadas
Guardam nós na garganta, guardam em nós a lembrança
De duras lições que aprendemos em cada batalha
O sistema que atropela todos pela audiência é implacável
O individualismo mercantil parece tudo de bom, mas é intratável
Tanto tentamos contribuir, somar, compartilhar, distribuir
Agregar algo ao coletivo, já que cada um é pelo o que todos nós somos
Mas fomos minados, distorcidos, vendidos, enganados
Persuadidos a acreditar que nossas virtudes deveriam servir
Ao bom e velho modelo onde um irmão explora o outro
(e não, não é de pouco em pouco)
A ideologia virou modelo de negócio
Se apropriaram do nosso trabalho e do nosso ócio
Propriamente dito o quanto isso é falso
Produto de um sistema sempre no nosso encalço
Pode parar
Não vou descer
Eu quero é voltar
Quem sabe um retrocesso
Pro rumo certo retomar
Virei conservador, a minha liberdade quero conservar
Pra não baixar a cabeça pros códigos fechados de aqui ou acolá
Porquê cooptam minha mente, mas não meu coração?
Se você nos espiona, nos persegue, e nos chama de camarada
É muito fácil perceber que isso é só fachada
Mas um pequeno deslize, botam cabresto, e a nossa alma está sangrada
E o tempo que cura todas as feridas, não apaga as marcas
Cicatrizes serão páginas de um diário de lutas amargas
Adaptação de um texto de Unahuac, postado em http://www.anahuac.eu/
A partir de hoje, todos os textos aqui postados, serão reblogagem de um
outro blog que tomei como principal, o qual centralizará todas as minhas atividades. Mas em consideração aos meus seguidores do blogger, não pararei de postar os poemas aqui.