Você!





Você!

Cidadão de bem,
está de bem com quem?

Até agora,
testaram tua paciência
fizeram hora
com esta tua cara

Até quando a paz será suficiente
para responder tamanha violência?
E teimando, segue tu sofrendo
Enquanto alguém teima em te alfinetar mais fundo

Querem te fazer acreditar
Que aqui só pode haver problema
Não podendo caber nesse mundo
A solução para o que se vê que é absurdo.

E uma solução há, está contigo
Outra comigo,
Outras deixam a desejar
Talvez seja caso de procurar

Mas o caminho não pode ser
Continuar a enganar
Que isso nunca foi solução
E não é hora de desanimar

É hora de separar o joio do trigo
Não ser gentil com o que machuca
Não ser malandro ao fazer amizades
Pois todos nós colhemos
O fruto do que cada um faz com a sua parte.


- A responsa é sua, é nossa!



nas eleições de Contagem: 50777, prefeita Monique 50
após eleições: tobiasbaderna@autistici.com

Sinto Muito





Sinto muito
Por ter de ser radical
Se minha fala não é macia
Se acabei com o teu astral



Sinto muito os maus tratos
Sinto na pele todo dia
Sinto sempre
Não é de hoje



Sobretudo, sinto muito indignação
Sinto que esgotou toda a minha paciência
Sinto muita coragem pra dizer que tomei ciência
E com tanta sensibilidade
Senti que já é hora de gritar a verdade


Sinto muito se o jeito é ser bruto
Sinto muito desprazer em ter que ficar puto
Sinto muito pois não posso ser inconsequente
Quando a minha classe é agredida moralmente
E se fazer de bobo mata o ser em ti que sente
E teu sentir consente com aquele que mente


--//--


Quer pagar o preço por ser comunicativo
Quer pagar o preço por ser entendido
Mesmo correndo o risco de mal entendido
Mesmo tendo de engolir o teu orgulho estendido?


Isso não é aventura
Isso é tarefa só pra nego duro
Se na tua coragem, tu der algum furo
Não adianta malandragem,
Pois uma pequena verdade
Põe um monte de mentiras em apuros





Qual o seu programa para essas eleições?


    Tobias Baderna, 50777 (Poemas de Campanha)
com Monique para prefeita, 50


Tenho visto candidato
Que é candidato pra si mesmo
Uns não contam de onde vieram
Pois trabalharam no governo

Outros nem falam o que defendem
De boca fechada, muitos não mentem
Mas traem o povo, assinando em baixo
Da candidatura de gente que não é pela gente

Não duvido que entre eles haja
Gente pra além de muito competente
Muitos que sabem ludibriar o povo
Pra roubar direitos, e com costa quente

Não tive escolha a não ser ver diferente
Pra ter alternativa ao que aí está
Tomei partido de alguém competente
Que toma partido do povo,
com um programa pra já: programa do PSOL-Contagem


Conselho Popular para um Político


    Tobias Baderna 50777, poemas de campanha







Me diz em tua campanha
Quem é que te acompanha

Me diz sobre o teu passe
Se precisou de um disfarce
Para ser aceito no meio da trama

Se alguém tu engana
E outros deixa desenganados
Fica atento com aqueles
Que não caíram nesse papo

Pois quando diz que as empresas
Estão com a corda no pescoço
Por isso devem ser liberadas
De enormes dívidas
Sem fazer nenhum esforço

Levam ao fundo do poço a prefeitura
E com ela os serviços que ao cidadão a lei assegura
Fazendo parecer as reclamações como se fossem injúrias
Quando não há espaço pra atendimento na UPA
Chegando a ter macas do lado de fora
As contas do estado salvas às custas do cidadão que você explora

Lá fora, se isso fosse dito, diriam é fantasia
Nem sei se seríamos mesmo levados a sério
Quem iria acreditar que em certa cidade se proibiu
Até o professor já explorado, com um salário de miséria
Não poder nem merendar nas escola
Isso é acelerar nosso caminho para o cemitério

Como se não bastasse tamanha desconsideração
Mostrando que verba estatal não merece ser gasta coma a população
Faz ainda uma obra que põe o pedestre na contramão
Sendo impedido de avançar em direção ao templo da consumação
Que na guerra do consumo, não há passagem para o cidadão
Que tente atravessar a pé uma trincheira, feita com o suor de um imposto vão

Ah, mas se você que não questiona nem pergunta nada a mim cidadão
Ah, se ao contrário de meu voto, me pedisse um conselho para tua gestão
Te daria sim um conselho, para saúde e educação
Um conselho de amigos, que querem teu sucesso, não tua corrupção
Um conselho para as ruas, para as escolas, para os batalhões
Ah, se você quiser ao menos um conselho, veria que um conselho é pouco
Pra quem governa multidões
Eu lhe daria vários, vários conselhos populares
De modo a não ter como trair mais os anseios se tantos corações



Sonho Coletivo



A cidade é um sonho coletivo
Que nós construímos com os amigos

É o nosso lugar
Vamos nos juntar
Que cada passo seja em conjunto

A cidade é um sonho coletivo
Que nós construímos com os amigos

Não importa o esforço
Quando a luta é de todos
Temos fé em nossos ideais

Quem ama a cidade
Faz tudo o que pode
Para a vida do seu povo melhorar



Depoimento de um tolo

 Tobias Baderna, agosto, Contagem

Eleitor de Contagem, me ponho a disposição para trabalhar como vereador, meu número é 50777. 
Trabalho para a Monique Pacheco para prefeita, pelo PSOL, número 50. (^-^)



Se há algo nessa política que não consigo compreender
É porquê que pobre num enriquece, só é desmerecido pelo poder
A não ser que entre em conchaves, ande armado ou a se vender
Na verdade não há muito o que este pobre tem pra escolher
Se sua sina foi marcada, no volante do ônibus ou no cabo da enxada
Não há vida mais ingrata do que viver pra trabalhar
Sem esse trabalho lhe dar o suficiente pra comer

É feijão mais caro que carne
É alarde sobre o que nem existe
Pra tirar nossa atenção
E a gente ficar sem nem um palpite
Sobre o que andam fazendo com nosso dinheiro
Se apropriando dele, alimentando as elites
Há se eu pudesse arriscar meu palpite

Diria que sou mesmo tolo
De não me ver revoltado
Contudo que vejo de errado
Mas dou aqui um depoimento
Que se a gente depor o governo
Assim mesmo, só vai mudar algo
Se o povo não esperar sentado



Cidade de Quem


    Tobias Baderna, 50777 - PSOL, agosto de 2016



Muito dinheiro na política,
    numa cidade sem dinheiro
Muita sujeira assassina
Que nos entorpece o dia inteiro



Muita desgraça
Muita fome
Muita incompreensão
Nos deixamos caminhar sozinhos
Deixados ao léu
    em uma multidão



Fascinação
    é a nossa indecisão
Perante um capitalismo
Que não capta nossa capacidade humana
De nos manter irmãos



Aos Guerreiros Anônimos do Dia-A-Dia


-    -    -    Tobias Baderna        -    -    -
- para eleitores de Contagem, 50777 -



Justiceiros terceirizados?
Não obrigado
Meu bloco é de rua
Sarau é de praça
Pensar é de graça

Não sei de sua graça
Mas não me venha
Com festivais de abóbora
Pois essa cidade precisa
Dar uma atualizada

O mundo gira
Como é que podemos
Conseguir ficar parados?

Tua estagnação
É uma façanha tamanha
Com certeza muito coerente
Com interesses desalmados

Para!
Não disfarça
Que a farsa é ridícula
Vosso povo bem vê
Mas logo se cala

Mas cansaste seu povo
Com horas de espera
Nas repartições
Nos mercados
Nas trincheiras que travamos
Uma guerra financeira tão ingrata

Não me admira
Vosso povo não se dizer ser mais seu
Jogar fora os cabrestos
Desfazer as amarras
De acordos funestos
Que até a presente data
Nos levou somente do nada pro nada


Propaganda Política



Tobias Baderna, 507777, Contagem, julho de 2016




Isso aqui é política
Por isso falo contigo

Isso aqui é política e é propaganda
Pra propagar minha fala para todos os ouvidos

Isso aqui é política, é propaganda, e é arte
Que deveria estar por toda parte
Ora, mas porquê não está?

Isso aqui é política, é propaganda, é arte e é educação
Que tem sido o meu ganha pão
Mas estão dizendo que política, na escola não
Porquê será?

Isso aqui é política, é propaganda, é arte, é educação e é direto
Que por dever, e por fazer questão, exerço
Para que o errado pare de ser regra
Consumindo tudo que é direito

Isso aqui é política, é propaganda, é arte, é educação, é direito e é saúde
Do corpo, do senso crítico e da ética
Desenferrujando a mente
De quem tem a visão já mimética
Revisando as receitas do senso comum
E atendendo às urgências de forma enérgica

Isso aqui é política, é propaganda, é arte, é educação, é direito, é saúde e é cultura
Da rua, da comunidade e da máquina
Que está por ser desarmada
No cultivo de valores legítimos
Promovendo o respeito entre amigos ou inimigos
Sobretudo nos protegendo de agir
Olhando apenas para o próprio umbigo

Isso aqui é política, é propaganda, é arte, é educação, é direito, é saúde, é cultura e é social
Pra muito além de uma socialização formal
Onde o sujeito é consultado apenas em período eleitoral
Ficando sujeito ao resultado de toda decisão patronal
(não apenas do patrão nacional)

Isso aqui é política
E nem por isso precisa ser um vício
Isso aqui é propaganda
E nem por isso precisa ser uma mentira
Isso aqui é arte
 E nem por isso precisa ser confundido com entretenimento
Isso aqui é educação
E nem por isso significa deixar de dar vazão à nossa indignação
Isso aqui é direito
E nem por isso precisa garantir interesses pessoais
Isso aqui é saúde
E nem por isso significa esperar a doença para remediar
Isso aqui é social
E por isso mesmo não é pra garantir privilégios
Nem o voto na plenária é para distribuir esmolas
Enquanto que o próprio controle social
Uma das molas da democracia
Sai apenas como evento no jornal
E a população que era pra ser consultada nem participa
Quando ela virtuosamente insiste
E alguma arbitrariedade denuncia
O Estado estende suas mãos sobre as bocas
E toda reivindicação social ele silencia

Isso aqui é política
Por isso falo contigo
E na primeira oportunidade
Espero poder ouvi-lo

Isso aqui é propaganda
Pra propagar minha fala a todos os ouvidos
Que anseiam por uma Contagem sem coronéis
Onde possamos ter fala contrária sem ser perseguidos



Merda


    Tobias Baderna
    12/07/16


De perguntas imperfeitas
Surgem respostas imperfeitas
Não, ninguém falou que é pra parar
De perguntar
E de considerar o que há

Se há vida cá dentro
Se há vida lá fora
Tudo é mudança, evolução
Tudo acontece a toda hora

Rever é importante
Pode crer, tipo eu e você
Éramos inimigos
Éramos amantes
Éramos perigo
Éramos distantes
Inconstantes, acertantes
Sempre relevantes

Releva por favor
Toda bobagem que falei
Era muito importante
Mas deixou de ser
E eu nem notei


Agora a hora é essa
A hora é nossa
A fossa é bosta
Tão simples que se complicar
Nem muda a história
Mas eu tenho um mantra
Merda é esterco!

Que merda é esterco
Merda é esterco
Que merda!
Merda é esterco

Cague em pé ou cague de joelhos
Merda é esterco
No quintal ou no banheiro
Merda é esterco
Com diarréia ou prisão de ventre
Merda é esterco
Cheire mal ou feda mesmo
Merda é esterco
Sem merda não tem jeito porquê
Merda é esterco
E toda merda lá fora
É que o teatro tá cheio

Mas merda é merda
E sem semente no meio
Não sai nada diferente
Não dá nada desse jeito
Vamos fazer dessa merda
Algo que dê algum proveito

A semente
O sêmen
O pensamento
Sem o meio
Todos corrompidos
Pela presença do medo



Eu Feminino






Não preciso ser homossexual
Pra ter lado feminino
Não preciso de cerol
Pra cortar meu desalinho
Se quando sou sensual
Nisso há algo feminino

A mulher também é macha
Quando isso é preciso
Quebra então o pau da barraca
Que o homem armou, sendo feminino
Quando o universo inteiro desaba
Mistura tudo lá no íntimo

Intimados constrangemos
Nosso lado feminino
Nomeados de safados
Estigmatizados desde o íntimo

Desejamos esse outro lado
Latejamos na libido
Nos cegamos com as amarras
Que enTABUam a mente em mitos


Minha Honrosa Falha





Desculpe,
até tentei ser machista, mas não consigo
Tudo que conseguiram foi me mostrar
Que pra lidar com a mulher
Tenho de ser seu inimigo


Já de início me explicaram
Que mulheres de toda espécie
Na realidade são é fêmeas
Nada haveria que me interessar
Pelo o que os homens nada conhecem


A maior das mentiras
Que eu não consegui nunca acreditar
É que mulher ninguém entende
Que no quelas falam
Só podemos calar


Calar não sei a onde
Pois nesse mundo
Só homens falam
E se calam ao chegar em casa
Pois o ouvido já está fechado

Liberdade, Liberdade, Ainda Que Em Condicional

 


Em homenagem à comunidade de softwares livres

O tempo que cura todas as feridas, não apaga as marcas 
Cicatrizes são páginas de um diário de lutas amargas 
Vozes que subiram de tom pra não ser amassadas 
Guardam nós na garganta, guardam em nós a lembrança 
De duras lições que aprendemos em cada batalha

O sistema que atropela todos pela audiência é implacável 
O individualismo mercantil parece tudo de bom, mas é intratável 
Tanto tentamos contribuir, somar, compartilhar, distribuir 
Agregar algo ao coletivo, já que cada um é pelo o que todos nós somos
Mas fomos minados, distorcidos, vendidos, enganados 
Persuadidos a acreditar que nossas virtudes deveriam servir 
Ao bom e velho modelo onde um irmão explora o outro 
(e não, não é de pouco em pouco)

A ideologia virou modelo de negócio
Se apropriaram do nosso trabalho e do nosso ócio 
Propriamente dito o quanto isso é falso 
Produto de um sistema sempre no nosso encalço

Pode parar 
Não vou descer 
Eu quero é voltar 
Quem sabe um retrocesso 
Pro rumo certo retomar

Virei conservador, a minha liberdade quero conservar 
Pra não baixar a cabeça pros códigos fechados de aqui ou acolá 
Porquê cooptam minha mente, mas não meu coração?
Se você nos espiona, nos persegue, e nos chama de camarada 
É muito fácil perceber que isso é só fachada 
Mas um pequeno deslize, botam cabresto, e a nossa alma está sangrada
 
E o tempo que cura todas as feridas, não apaga as marcas 
Cicatrizes serão páginas de um diário de lutas amargas





Adaptação de um texto de Unahuac, postado em http://www.anahuac.eu/


A partir de hoje, todos os textos aqui postados, serão reblogagem de um outro blog que tomei como principal, o qual centralizará todas as minhas atividades. Mas em consideração aos meus seguidores do blogger, não pararei de postar os poemas aqui.